Regulamento Interno

  1. A Catequese é um dos meios de evangelização, de que a Igreja dispõe, para iniciar, educar e formar na fé, aqueles que livremente a pedem, no desejo de se tornarem verdadeiros discípulos de Jesus e membros activos da sua Igreja.
  1. Serviço paroquial de colaboração com a família, na iniciação cristã de todos os seus membros, a catequese paroquial conta com os pais, como primeiros e insubstituíveis educadores na fé, dos quais o pároco e catequistas são apenas colaboradores.
  1. Os pais que, no mês de Junho, inscrevem ou renovam a matrícula dos seus filhos na Catequese paroquial, fazem-no, de livre vontade, respeitando a finalidade primeira da Catequese, que é a de «pôr as pessoas, não apenas em contacto, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo» (DGC 80)!
  1. Para cumprir essa finalidade, a Catequese tem como tarefas principais (cf. DGC 85) favorecer o crescimento e o amadurecimento da fé, nas suas diversas dimensões:
    • fé professada, que implica o conhecimento lento e progressivo da Palavra de Deus e da doutrina da Igreja; tal conhecimento alcança-se, não apenas por esforço intelectual, mas graças a uma relação íntima, pessoal e vital, com Cristo, na comunhão com a sua Igreja;
    • fé celebrada, em comunidade, que implica uma iniciação à participação, cada vez mais consciente, activa e frutuosa, na celebração dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia e da Reconciliação;
    • fé vivida, que implica, não tanto, nem apenas, o cumprimento de um código ou de uma Lei, mas a vontade de seguir a Pessoa viva de Jesus Cristo e a sua proposta de vida. A catequese inicia numa vida nova, segundo um estilo cristão de vida, sem reduzir a fé cristã a uma moral de bom comportamento;
    • fé rezada, que implica a experiência pessoal, em família e em comunidade, da oração, como encontro e diálogo com Deus.
  1. Com a Catequese, a Paróquia procura ajudar pais e filhos a crescerem e a amadurecerem na fé, «até chegarem a assumir na sua vida uma orientação autenticamente eucarística» (Bento XVI, Sacr.Carit.18). Pelo que toda a Catequese se orienta para a Eucaristia, como fonte e vértice de toda a vida e missão da Igreja.
  1. Por isso, a inscrição na Catequese supõe, simultaneamente, a opção pela participação fiel na Eucaristia Dominical, sem a qual a Catequese não cumpre a sua finalidade primeira.
  1. A participação na Eucaristia Dominical é, aliás, «um compromisso irrenunciável, abraçado não só para obedecer a um preceito, mas como necessidade para uma vida cristã verdadeiramente consciente e coerente» (João Paulo II, NMI 36). Entre nós, a Missa com a Catequese é uma oferta imperdível, para pais e filhos crescerem juntos na fé. Mas a participação nas outras celebrações é possível e necessária, para fortalecer os laços espirituais, com toda a comunidade.
  1. Não é aceitável uma frequência assídua à catequese, a par de uma ausência habitual na Eucaristia. Catequese e Eucaristia são dois encontros, que se reclamam mutuamente.
  1. Às crianças do 1º ano é compreensível propor um ritmo menos frequente da celebração da Eucaristia, mas importa não descuidar a sua progressiva inserção nos dinamismos próprios da celebração.

 

  1. A participação dos catequizandos nas “Celebrações e festas da Catequese”, agendadas desde o início do ano catequético, é obrigatória, contando-se para tal, com a presença e participação dos pais, que, aliás, deve ser habitual, ao longo de todo o ano pastoral;

 

  1. A assiduidade na Catequese é uma exigência necessária ao seu útil aproveitamento e normal desenvolvimento. Pelo que definimos aqui algumas regras, em ordem a defender e a promover a assiduidade à catequese e a participação na Eucaristia:
    • Por princípio, nunca se falta à Catequese, nem à Missa. Num caso e noutro, trata-se sempre de um compromisso sério e não de um qualquer espaço de actividades de tempos livres.
    • Os encontros da Catequese estão interligados, pelo que a ausência num encontro compromete, para o próprio e para os demais, o desenvolvimento dos encontros seguintes.
    • Não há espaço na Catequese, para faltas injustificadas. A Catequese é escolha livre dos pais. Por isso, estes devem ser coerentes com a escolha feita, garantindo e exigindo dos filhos a sua presença na Catequese e a participação comum na Eucaristia!
    • No caso de acontecer uma falta à Catequese, qualquer satisfação a dar ao catequista, através de uma justificação oral ou escrita, é um procedimento obrigatório de cortesia e lealdade. Mas essa «satisfação» não justifica, de si ou por si, qualquer falta, se, de facto, não houver razões sérias para tal.
    • São razões sérias para uma falta, a participação do catequizando em alguma actividade do CNE, que decorra no mesmo horário da Catequese, a doença, o luto, a participação em alguma celebração sacramental do baptismo, casamento ou funeral de pessoa próxima ou algum evento, em que a presença do catequizando seja absolutamente necessária;
    • As circunstâncias referidas no parágrafo anterior, que poderiam justificar uma falta na Catequese, são naturalmente raríssimas e não será razoável, em situações normais, que ultrapassem o limite de cinco vezes por ano.
    • As festas de aniversário, as actividades desportivas, a falta de vontade do catequizando, os passeios não escolares, não são motivos razoáveis para faltar à Catequese e à Eucaristia. Os principais prejudicados são o próprio e o grupo a que pertencem;
    • Se acontecer, excepcionalmente, uma acumulação sucessiva e excessiva de faltas, por motivos incontornáveis (doença, acidente, separação dos pais e partilha de fins-de-semana), será o caso de ponderar a vantagem de retomar o mesmo ano, no ano seguinte;
    • Se, desde o início, os pais advertem um horário de catequese previsível e incompatível com outra actividade, (escolar, familiar ou social), a que querem dar prioridade, o melhor, nesses casos, é escolherem, desde logo, outra paróquia e outro horário para a Catequese dos filhos, a fim de não transformar a catequese num encontro de participação intermitente.
  1. Os catequizandos devem adquirir, no início do ano, o seu catecismo, de que se farão acompanhar, em todas as catequeses, salvo aviso em contrário.
  1. Os Catequistas responsabilizam-se pela segurança das crianças, desde o seu acolhimento, até ao final da Catequese, não tendo obrigação de as acompanhar, no tempo seguinte à Catequese.
  1. Os pais não podem interromper o encontro catequético, com chamadas de atenção e saídas antecipadas do catequizando, devendo qualquer necessidade excepcional ser previamente do conhecimento e consentimento do catequista.
  1. A Catequese é de oferta voluntária e gratuita às crianças, adolescentes, jovens e adultos da comunidade. Mas nada impede uma contribuição económica, ocasional ou habitual, para a vida da paróquia e das suas actividades de formação e catequese.